sábado, 21 de março de 2015

Arquivo Nacional luta para acomodar 55km de documentos

Instituição já tem setores abarrotados e busca patrocínio para expansão

por 
RIO — Pense nos armários desarrumados ou nos livros que cismam em não caber nas estantes de casa — dois problemas que qualquer ser humano que nasceu sem o invejável dom da organização costuma enfrentar no dia a dia. Agora, imagine o desafio de Jaime Antunes, diretor do Arquivo Nacional, que tem por obrigação acomodar 55 quilômetros de documentos, fora mapas, fotografias, filmes e registros sonoros. Está certo que a “casa” dele é grande — são cerca de 11.500 metros quadrados —, mas a encrenca pode ser considerada maior. Atualmente, o Arquivo Nacional, que acomoda documentos federais, como os produzidos pelos órgãos de informação durante a ditadura, registros civis de brasileiros e o controle da entrada de estrangeiros, além de coleções privadas, como a de Luís Carlos Prestes ou os filmes oriundos da Cinemateca do MAM, não tem mais espaço para se expandir.